quinta-feira, 28 de abril de 2011

Booking Through Thursday - Em breve, num cinema perto de si

Se pudesses ver um livro transformado no filme perfeito - um que captasse tudo o que gostas, os personagens, o visual, o sentimento, a história - que livro escolherias?

Se não soubesse que já existe uma adaptação ao cinema de Ensaio Sobre a Cegueira, era aí que recaía a minha escolha. Do que tenho lido ultimamente, penso que O Bom Inverno seja aquele que melhor se adaptaria à grande tela. Não tenho a mínima dúvida que daria um filme de terror e pêras. Para além de suspense a montes, é também um livro muito visual, o que acaba também por facilitar a adaptação ao cinema.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Na Pilha...

A pilha de livros que tenho na mesinha de cabeceira tem um reforço de última hora. Ao melhor estilo benfiquista, vos deixo a foto do mais recente reforço da nossa equipa.


Boas Leituras.

Romance Inédito de Saramago


Aproveitando a deixa do Dia Mundial do Livro, a Fundação José Saramago deu a conhecer, através do seu site, as linhas iniciais de "A Clarabóia", romance de juventude do Nobel da literatura português, nunca antes publicado. De resto, diz-se que será publicado no final do presente ano.
O aperitivo divulgado pela Fundação pode ser lido aqui.

terça-feira, 26 de abril de 2011

Citações #14

«Esta consciência de samurais liberais, que sabem que se paga para ter o poder, o poder absoluto, encontra-se sintetizada numa carta de um rapazinho encerrado numa prisão de menores, uma carta que entregou a um padre e que foi lida durante uma reunião. Ainda me lembro dela. De memória:
Todos os que conheço ou estão mortos ou estão presos. Eu quero tornar-me um boss. Quero ter supermercados, lojas, fábricas, quero ter mulheres. Quero três carros, quero que me devam respeito quando entro numa loja, quero ter armazéns em todo o mundo. E depois quero morrer. Mas como morre um  verdadeiro, um que comanda realmente. Quero morrer assassinado.»

Gomorra, Roberto Saviano

Bertrand do Chiado reconhecida como a livraria mais antiga do Mundo

Os meus parabéns à Bertrand do Chiado, recentemente distinguida pela Guinness World Records como a livraria mais antiga do Mundo. Tenho orgulho em poder aceder aos serviços de uma livraria que resistiu ao terramoto de 1755 e a alturas de críses financeiras semelhantes à que actualmente vivemos. Tenho orgulho em que seja uma livraria Portuguesa.

Que passem mais uns séculos sem abalar quem se manteve firme e hirto em altura de tamanhas dificuldades.

Saúde!

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Uma viagem ao mundo da Camorra


«Esta incrível e perturbadora viagem ao mundo dos negócios e do crime da Camorra começa e termina sob o signo das mercadorias, do seu ciclo de vida. Mercadorias "frescas" chegam ao porto de Nápoles todos os dias para serem de imediato ocultadas e armazenadas em prédios antigos, previamente esvaziados de tudo. Mais tarde, chegam as mercadorias "mortas", de toda a Itália e de meia Europa, sob a forma de escórias químicas, resíduos tóxicos ou mesmo esqueletos humanos, que são abusivamente despejadas nos campos da Campania, os mesmos onde os boss da Camorra edificam as suas mansões faustosas e absurdas -datchas russas, vivendas hollywoodescas, verdadeiras catedrais de cimento e mármores preciosos -que certificam o grau de poder alcançado. Com mais de um milhão de exemplares vendidos só em Itália, encontrará certamente em Gomorra, páginas que o agarrarão e o vão arrastar para um abismo onde nenhuma imaginação consegue chegar.»

Interessante...

Citações #13

«Nunca mais esqueci a lição de John Maynard Keynes sobre o conceito de valor marginal: por exemplo, como varia o preço de uma garrafa de água num deserto ou perto de uma cascata. Assim, naquele Verão, a iniciativa italiana entregava garrafas próximo das fontes, enquanto o empresariado chinês edificava nascentes no deserto.»
Gomorra, Roberto Saviano

domingo, 17 de abril de 2011

Bichos - Miguel Torga


Título: Bichos
Autor: Miguel Torga
Nº de Páginas: 94
Editora: Leya - Colecção Bis
Preço: 5,95 €

Sinopse: «Querido leitor:
São horas de te receber no portaló da minha pequena Arca de Noé. Tens sido de uma constância tão espontânea e tão pura a visitá-la, que é preciso que me liberte do medo de parecer cumprimentar-te uma vez ao menos. Não se pagam gentilezas com descortesias, e eu sou instintivamente grato e correcto [...]»

Esta foi, provavelmente, uma das leituras mais curtas e agradáveis que tive o prazer de realizar. Não chega a ser uma centena de páginas; e no entanto estão nelas contidas várias mensagens que me fizeram ler algumas delas repetidamente, pois tive a oportunidade de ver abordado um assunto sobre o qual tenho particular interesse; os animais, a forma como os entendemos e como lida-mos com eles.
Desde o relato da vida de um cão, à vida injusta de um toiro, à vadiagem de um gato; o leitor é levado por uma escrita simples e sempre correcta - ao nível da construção do texto, dando a aparência que lá estão sempre as palavras certas - ou, por outras palavras, estão lá sempre as palavras que o leitor espera encontrar.

A escrita de Torga transborda uma ruralidade apenas passível de alguém verdadeiramente conhecedor da vida em comunhão com a natureza, com uma harmonia e simplicidade perfeitamente transportadas para a escrita. Trata-se de um livro de contos maravilhoso; de um autor que ouvi dizer ser também um grande poeta; vou esperar para ver. Se for, como me dizem, melhor a sua poesia do que a prosa, só pode ser algo excepcional.

Está assim em falta a leitura da última obra do primeiro Hat-trick temático, que teve como tema as letras lusas. Brevemente será noticiado aqui no blog o nome dessa obra; mantenham-se atentos!

João Tordo no Ah, a Literatura

Um dos meus escritores de eleição em entrevista no melhor programa de livros do Canal Q.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Booking Through Thursday - Visual

Colo­cas os livros que tens (sejam lá quan­tos forem) à vista, para todo o mundo ver (pelo menos o mundo que entra na tua sala)? Ou mantêm-​nos escon­di­dos no escri­tó­rio, no quarto, na bibli­o­teca ou nou­tro sítio menos “público”?

De momento, os meus livros estão dispostos em duas prateleiras no meu quarto; de modo que pouca gente os vê, exceptuando aquele grupo de pessoas que ocasionalmente por lá passa. Por ainda não ter uma colecção de livros dignos de ocupar um espaço restrito para si, acho que se encontram no sítio certo por agora, sendo que futuramente adorava ter um espaço somente dedicado às minhas leituras.

PS - Aproveito para dizer que esta rubrica continuará a estar presente aqui no blog, apesar dos seus longos períodos de intervalo (que se devem ao facto de eu, basicamente, apenas me dedicar àqueles que me despertam especial interesse).