sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Novo romance de João Tordo em Fevereiro: "O Ano Sabático".


O autor partilhou esta imagem na sua página oficial do facebook, com a seguinte descrição; "Primeiro exemplar do meu novo romance, "O Ano Sabático", nas livrarias já no princípio de Fevereiro". Ora, muitos boas notícias para os fãs de Tordo que, tal como eu, adorei tudo o que já li do autor - por ordem: Hotel memória, O Bom Inverno e O livro dos homens sem luz -, sendo que tenho já na prateleira os restantes já lançados pelo autor à espera para serem lidos. Sendo assim, mais um para adquirir sem dúvida, pois gostei de tal forma da sua escrita que já o classifico como um dos meus autores de eleição. Aguardo ansiosamente.

domingo, 23 de dezembro de 2012

Os Homens Que Odeiam As Mulheres (Millennium 1) - Stieg Larsson


Título: Os homens que odeiam as mulheres (Millennium 1)
Autor: Stieg Larsson
Nº de Páginas: 551
Editora: Oceanos - Bis Leya

Sinopse: «O jornalista de economia Mikael Blomkvist precisa de uma pausa. Acabou de ser julgado por difamação ao financeiro Hans-Erik Wennerstrom e condenado a três meses de prisão. Decide afastar-se temporariamente das suas funções na revista Millennium.
Na mesma altura, é encarregado de uma missão invulgar. Henrik Vanger, em tempos um dos mais importantes industriais da Suécia, quer que Mikael Blomkvist escreva a história da família Vanger. Mas é óbvio que a história da família é apenas uma capa para a verdadeira missão de Blomkvist: descobrir o que aconteceu à sobrinha-neta de Vanger, que desapareceu sem deixar rasto há quase quarenta anos. Algo que Henrik Vanger nunca pôde esquecer.
Blomkvist aceita a missão com relutância e recorre à ajuda da jovem Lisbeth Salander. Uma rapariga complicada, com tatuagens e piercings, mas também uma hacker de excepção. 
Juntos, Mikael Blomkvist e Lisbeth Salander mergulham no passado profundo da família Vanger e encontram uma história mais sombria e sangrenta do que jamais poderiam imaginar.»

Bem, tinha grandes expectativas para este livro, visto que se tornou um grande sucesso em todo o mundo. Cedo percebi que se tratava de uma escrita muito fluída, com um toque jornalístico revelando a profissão de quem a narra, algo que me agrada bastante pois reduz o palavreado ao essencial.
Ler Stieg Larsson é como ir ao cinema; basta sentarmo-nos com o livro na mão e ler afincadamente que logo dá essa sensação, tal é a qualidade das suas suas personagens e descrições. Com tantas qualidades é fácil tornar-se numa leitura altamente viciante, por isso não se admirem os leitores que, tal como eu, fiquem agarrados ao livro horas a fio, aliás, comigo é costume com livros deste género.
Gostei também do contraste entre as duas personagens centrais, Lisbeth e Mikael; ela tão sinistra e misteriosa que o leitor anseia que cheguem as páginas em que o seu nome finalmente surgirá; ele mais perspicaz e objectivo, incansável no que toca ao trabalho e um jornalista de topo. Ambos bastante interessantes, sendo que me senti desde o início mais atraído por Lisbeth Salander. Gostei também da forma como o autor interligou as duas personagens e do enlace romântico entre eles.
Queria também deixar uma palavra de apreço ao autor, que tragicamente faleceu antes de poder ver o seu trabalho chegar aos tops de vendas em vários países, simplesmente trágico. Em suma, gostei muito e recomendo vivamente para quem gosta do género.

Auto-retrato do escritor enquanto corredor de fundo - Haruki Murakami



Título: Auto-retrato do escritor enquanto corredor de fundo
Autor: Haruki Murakami
Nº de Páginas: 186
Editora: Casa das letras

Sinopse: «Em 1982, ao mesmo tempo que abandonava o lugar à frente do clube de jazz e que tomava a decisão de se dedicar à escrita, Haruki Murakami começava a correr. No ano seguinte, abalançou-se a percorrer sozinho o trajecto que separa Atenas da cidade de Maratona.
Depois de participar em dezenas de provas de longa distância e em triatlos, o romancista reflecte neste livro sobre o que significa para ele correr e como a corrida se reflectiu na sua maneira de escrever. Os treinos diários, a sua paixão pela música, a consciência da passagem do tempo, os lugares por onde viaja acompanham-no ao longo de um relato em que escrever e correr se traduzem numa forma de estar na vida.
Diário, ensaio auto-biográfico, elogio da corrida, de tudo um pouco podemos encontrar aqui. Haruki Murakami abre o livro das confidências (e a sua alma) e dá a ler aos seus fiéis leitores uma meditação luminosa sobre esse ser bípede em permanente busca da verdade que é o homem.»

Primeiro livro que leio deste autor, de quem já tive oportunidade de ler críticas maioritariamente lisonjeias e, tal como esperava, agradou-me. Embora não se trate de um romance - género pelo qual o autor é mundialmente reconhecido - sinto que fiquei embrenhado na sua narrativa, ainda que pequena, de uma maneira não muito distante da que fico quando leio romances propriamente ditos, quero com isto referir-me a prosas de maior envergadura. Penso que tal se deva à fluidez natural da sua escrita, que parece ser de alguém que escreve com tanta naturalidade como quem bebe um copo de água ou, melhor, como quem dá uma corrida matinal. 
Neste diário conceptual ficamos a conhecer os hábitos que Murakami trás consigo à muito tempo e que acabaram por permanecer e agora fazem parte integrante da sua rotina. Conseguimos perceber uma certa relação de amor-ódio do autor com a corrida que, embora incuta algum sofrimento, lhe dá muito mais do que aquilo que lhe pede, acabando mesmo por ajudá-lo a libertar uma certa tensão do corpo e dar-lhe uma enorme sensação de liberdade, o que acaba inevitavelmente por ajudá-lo no seu verdadeiro ofício, a escrita.
Como se de uma personagem se tratasse, sentimo-nos apegados ao autor ao passo que vamos ouvindo as suas aventuras corredoras um pouco por todo o lado. Agradou-me especialmente o capítulo em que participa na ultra-maratona, percorrendo de uma assentada 100 quilómetros. Nessa  corrida em questão, é-nos relatado o sofrimento do corredor de fundo em prol do seu objectivo, moral com a qual me identifico particularmente e que, visto de outro ângulo pode muito bem ser uma metáfora aplicada no dia-a-dia. 
Espero voltar a ler Murakami.

sábado, 22 de dezembro de 2012

Boas festas!

Sei que por esta altura - muito graças à pouca atenção que tenho dado ao Travessão -, não devem ser muitos os visitantes que por cá passam. De qualquer das maneiras queria desejar a todos os que por cá passaram um dia um feliz natal e um próspero ano novo, com tudo o que de melhor tem esta época do ano. Quanto a mim, sei que vou passá-la com aqueles que mais amo, que é o mais importante.
Desejo a todos um 2013 repleto de boas leituras!

Cumprimentos

Citações #20

«Enquanto for vivo, de certeza que hei-de continuar sempre a fazer novas descobertas. Por mais que uma pessoa se dispa por completo, se ponha à frente de um espelho e ali se deixe estar, o seu interior nunca se deixará reflectir.»

Auto-retrato do escritor,  Haruki Murakami

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Citações #19

«Dito de outro modo, há que encarar a realidade: a vida é, basicamente, injusta. Mas, até mesmo numa situação injusta, julgo ser possível vislumbrar uma certa justiça. Como é evidente, pode demorar o seu tempo e exigir algum esforço. E talvez o resultado se anuncie em vão, para não dizer inútil. Cabe a cada um decidir se vale a pena ou não aspirar a esse tipo de justiça.»

Auto-retrato do escritor,  Haruki Murakami

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Esconderijo Perfeito

Adorava passar um tempo afastado de tudo, um tempo num lugar calmo onde podia por os meus pensamentos em ordem e relaxar. Um lugar cheio de boas vibrações, escusado será dizer que rodeado da Mãe Natureza seria perfeito. Queria um lugar cheio de livros, para quando me fartasse de relaxar poder beber um chá quente e ler horas a fio...
Queria estar ali!