quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

João Tordo à conversa na Comunidade de Leitores de Coimbra

Aqui vos deixo um vídeo que acabei de encontrar por mero acaso, quando procurava informação acerca deste autor. No vídeo podemos ver João Tordo à conversa com a professora Isabel Delgado na Livraria Almedina Estádio Cidade de Coimbra. No vídeo é abordada a obra do autor, com um destaque natural para o seu mais recente livro "Anatomia dos Mártires". A tertúlia centrou-se nas palavras-chave ficção, realidade e memória. Muito interessante!

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Citações #17

«A guerra terminou há anos, o mundo é um lugar diferente, e todos aqueles que amei desapareceram. Vejo-lhes o rosto, no entanto, em cada uma das estrelas cadentes que se abatem sobre a neve e, ao contar os raios de luz que atravessam o céu, como vestígios de coisas passadas, sei que sempre vivi na escuridão.»

O Livro dos Homens Sem Luz, João Tordo

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Citações #16

«Éramos peixes, percebe, peixes mudos em aquários de pano e de metal, simultâneamente ferozes e mansos, treinados para morrer sem protestos, para nos estendermos sem protestos nos caixões da tropa, nos fecharem a maçarico lá dentro, nos cobrirem com a Bandeira Nacional e nos reenviarem para a Europa no porão dos navios, de medalha de identificação na boca no intuito de nos impedir a veleidade de um berro de revolta.»

Os Cus de Judas, António Lobo Antunes

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Excelente edição da revista Sábado

Toda a gente que já teve a chance de adquirir um livro de venda conjunta com uma revista - como fazem de quando em vez as revistas sábado e visão, por exemplo - sabe que a qualidade destas mesmas edições são, geralmente, fracas. Algo que, ao meu ver, é uma consequência óbvia do preço super acessivel dos livros em questão. O bom paga-se caro. Algo que esta nova colecção de venda conjunta com a revista Sábado vem contrariar abundantemente. Nesta nova colecção, à venda desde o dia cinco de Maio, os livros são de capa dura, que foi mesmo o detalhe que mais me saltou à vista. Aproveito também para congratular a ilustração da capa, está muito simples e bonita.

Parabéns à revista Sábado, e que venham mais livros desta qualidade.

domingo, 8 de maio de 2011

Gomorra - Roberto Saviano

Título: Gomorra
Autor: Roberto Saviano
Nº de Páginas: 351
Editora: Caderno
Preço: 18,17 €

Sinopse: «Esta perturbadora viagem ao mundo dos negócios e do crime organizado da Camorra começa e termina sob o signo das mercadorias, do seu ciclo de vida. Mercadorias "frescas" chegam ao porto de Nápoles todos os dias para serem de imediato ocultadas e armazenadas em prédios antigos. Mais tarde, chegam as mercadorias "mortas", de toda a Itália e de meia Europa, sob a forma de escórias químicas, resíduos tóxicos ou mesmo esqueletos humanos, que são abusivamente despejadas nos campos da Campânia - os mesmos onde os boss constroem as suas mansões hollywoodescas.
É esta hoje a Camorra, ou melhor o "Sistema", que Roberto Saviano, um jovem jornalista nascido e criado na terra da máfia, denuncia na primeira pessoa. O resultado é um livro brutal, apaixonado e, ao mesmo tempo objectiva e escrupulosamente investigado, pleno de horrores e de inquietante fascínio: Gomorra.»

Realidade ou ficção? É esta a dúvida com que se fica após ler este livro. É certo que se trata de um relato jornalístico - à semelhança de tantos outros - daquilo que observa o seu autor, mas estão aqui revelados acontecimentos dignos de qualquer livro de fantasia urbana.
Roberto Saviano, nascido e criado na cidade da Camorra - que para quem não sabe é uma das maiores organizações criminosas a nível mundial - tem aqui um trabalho de uma profundidade notável ao mundo da máfia napolitana, onde foram recolhidas informações detalhadas, algumas até demais, dos seus integrantes, das movimentações das mercadorias controladas pelo seu grupo e até da longevidade deste "sistema" sediado no sul de Itália.

Não é o meu registo literário de eleição, sendo que o achei demasiado descritivo, algo que, por outro lado, me parece ser algo inevitável neste tipo de registo, onde o autor simplesmente narra aquilo que vê com os seus próprios olhos. Aconselho a quem pretenda aprofundar conhecimentos acerca do insólito mundo do crime ou a quem queira apenas ficar boquiaberto de espanto com a longevidade do longo braço criminal. Desaconselho a leitores frágeis.

sábado, 7 de maio de 2011

Citações #15

«De modo que quando embarquei para Angola, a bordo de um navio cheio de tropas, para me tornar finalmente homem, a tribo, agradecida a Governo que me possibilitava, grátis, uma tal metamorfose, compareceu em peso no cais, consentindo, num arroubo de fervor patriótico, ser acotovelada por uma multidão agitada e anónima semelhante à do quadro da guilhotina, que ali vinha assistir, impotente, à sua própria morte.»

Os Cus de Judas, António Lobo Antunes

quinta-feira, 5 de maio de 2011

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Booking Through Thursday - Em breve, num cinema perto de si

Se pudesses ver um livro transformado no filme perfeito - um que captasse tudo o que gostas, os personagens, o visual, o sentimento, a história - que livro escolherias?

Se não soubesse que já existe uma adaptação ao cinema de Ensaio Sobre a Cegueira, era aí que recaía a minha escolha. Do que tenho lido ultimamente, penso que O Bom Inverno seja aquele que melhor se adaptaria à grande tela. Não tenho a mínima dúvida que daria um filme de terror e pêras. Para além de suspense a montes, é também um livro muito visual, o que acaba também por facilitar a adaptação ao cinema.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Na Pilha...

A pilha de livros que tenho na mesinha de cabeceira tem um reforço de última hora. Ao melhor estilo benfiquista, vos deixo a foto do mais recente reforço da nossa equipa.


Boas Leituras.

Romance Inédito de Saramago


Aproveitando a deixa do Dia Mundial do Livro, a Fundação José Saramago deu a conhecer, através do seu site, as linhas iniciais de "A Clarabóia", romance de juventude do Nobel da literatura português, nunca antes publicado. De resto, diz-se que será publicado no final do presente ano.
O aperitivo divulgado pela Fundação pode ser lido aqui.

terça-feira, 26 de abril de 2011

Citações #14

«Esta consciência de samurais liberais, que sabem que se paga para ter o poder, o poder absoluto, encontra-se sintetizada numa carta de um rapazinho encerrado numa prisão de menores, uma carta que entregou a um padre e que foi lida durante uma reunião. Ainda me lembro dela. De memória:
Todos os que conheço ou estão mortos ou estão presos. Eu quero tornar-me um boss. Quero ter supermercados, lojas, fábricas, quero ter mulheres. Quero três carros, quero que me devam respeito quando entro numa loja, quero ter armazéns em todo o mundo. E depois quero morrer. Mas como morre um  verdadeiro, um que comanda realmente. Quero morrer assassinado.»

Gomorra, Roberto Saviano

Bertrand do Chiado reconhecida como a livraria mais antiga do Mundo

Os meus parabéns à Bertrand do Chiado, recentemente distinguida pela Guinness World Records como a livraria mais antiga do Mundo. Tenho orgulho em poder aceder aos serviços de uma livraria que resistiu ao terramoto de 1755 e a alturas de críses financeiras semelhantes à que actualmente vivemos. Tenho orgulho em que seja uma livraria Portuguesa.

Que passem mais uns séculos sem abalar quem se manteve firme e hirto em altura de tamanhas dificuldades.

Saúde!

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Uma viagem ao mundo da Camorra


«Esta incrível e perturbadora viagem ao mundo dos negócios e do crime da Camorra começa e termina sob o signo das mercadorias, do seu ciclo de vida. Mercadorias "frescas" chegam ao porto de Nápoles todos os dias para serem de imediato ocultadas e armazenadas em prédios antigos, previamente esvaziados de tudo. Mais tarde, chegam as mercadorias "mortas", de toda a Itália e de meia Europa, sob a forma de escórias químicas, resíduos tóxicos ou mesmo esqueletos humanos, que são abusivamente despejadas nos campos da Campania, os mesmos onde os boss da Camorra edificam as suas mansões faustosas e absurdas -datchas russas, vivendas hollywoodescas, verdadeiras catedrais de cimento e mármores preciosos -que certificam o grau de poder alcançado. Com mais de um milhão de exemplares vendidos só em Itália, encontrará certamente em Gomorra, páginas que o agarrarão e o vão arrastar para um abismo onde nenhuma imaginação consegue chegar.»

Interessante...

Citações #13

«Nunca mais esqueci a lição de John Maynard Keynes sobre o conceito de valor marginal: por exemplo, como varia o preço de uma garrafa de água num deserto ou perto de uma cascata. Assim, naquele Verão, a iniciativa italiana entregava garrafas próximo das fontes, enquanto o empresariado chinês edificava nascentes no deserto.»
Gomorra, Roberto Saviano

domingo, 17 de abril de 2011

Bichos - Miguel Torga


Título: Bichos
Autor: Miguel Torga
Nº de Páginas: 94
Editora: Leya - Colecção Bis
Preço: 5,95 €

Sinopse: «Querido leitor:
São horas de te receber no portaló da minha pequena Arca de Noé. Tens sido de uma constância tão espontânea e tão pura a visitá-la, que é preciso que me liberte do medo de parecer cumprimentar-te uma vez ao menos. Não se pagam gentilezas com descortesias, e eu sou instintivamente grato e correcto [...]»

Esta foi, provavelmente, uma das leituras mais curtas e agradáveis que tive o prazer de realizar. Não chega a ser uma centena de páginas; e no entanto estão nelas contidas várias mensagens que me fizeram ler algumas delas repetidamente, pois tive a oportunidade de ver abordado um assunto sobre o qual tenho particular interesse; os animais, a forma como os entendemos e como lida-mos com eles.
Desde o relato da vida de um cão, à vida injusta de um toiro, à vadiagem de um gato; o leitor é levado por uma escrita simples e sempre correcta - ao nível da construção do texto, dando a aparência que lá estão sempre as palavras certas - ou, por outras palavras, estão lá sempre as palavras que o leitor espera encontrar.

A escrita de Torga transborda uma ruralidade apenas passível de alguém verdadeiramente conhecedor da vida em comunhão com a natureza, com uma harmonia e simplicidade perfeitamente transportadas para a escrita. Trata-se de um livro de contos maravilhoso; de um autor que ouvi dizer ser também um grande poeta; vou esperar para ver. Se for, como me dizem, melhor a sua poesia do que a prosa, só pode ser algo excepcional.

Está assim em falta a leitura da última obra do primeiro Hat-trick temático, que teve como tema as letras lusas. Brevemente será noticiado aqui no blog o nome dessa obra; mantenham-se atentos!

João Tordo no Ah, a Literatura

Um dos meus escritores de eleição em entrevista no melhor programa de livros do Canal Q.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Booking Through Thursday - Visual

Colo­cas os livros que tens (sejam lá quan­tos forem) à vista, para todo o mundo ver (pelo menos o mundo que entra na tua sala)? Ou mantêm-​nos escon­di­dos no escri­tó­rio, no quarto, na bibli­o­teca ou nou­tro sítio menos “público”?

De momento, os meus livros estão dispostos em duas prateleiras no meu quarto; de modo que pouca gente os vê, exceptuando aquele grupo de pessoas que ocasionalmente por lá passa. Por ainda não ter uma colecção de livros dignos de ocupar um espaço restrito para si, acho que se encontram no sítio certo por agora, sendo que futuramente adorava ter um espaço somente dedicado às minhas leituras.

PS - Aproveito para dizer que esta rubrica continuará a estar presente aqui no blog, apesar dos seus longos períodos de intervalo (que se devem ao facto de eu, basicamente, apenas me dedicar àqueles que me despertam especial interesse).

quinta-feira, 31 de março de 2011

Citações #12

«A gente entende pouco do semelhante. Cada um de nós é um enigma, que a maior parte das vezes fica por decifrar.»

Bichos, Miguel Torga

segunda-feira, 28 de março de 2011

sexta-feira, 25 de março de 2011

Calmaria...

Caros visitantes do Travessão; venho, primeiramente, pedir-vos mil desculpas pela recente falta de informação postada aqui no blog. Infelizmente, o actual rumo da minha vida não me permite ter tempo para dedicar a este meu canto de que tanto gosto. Novos posts surgirão assim que tiver a oportunidade, fica prometido!

Abraços, e desejos de boas leituras,

Fernando

quinta-feira, 17 de março de 2011

Citações #11

«Que grande dor de cabeça!... Que peso medonho na arca do peito!... E o corpo mole, sem acção...
Aí vinha a patroa nova observar o andamento daquilo...
Fechou os olhos. Sempre gostava de ouvir o que diria quando o visse como morto...
Ela chegou-se e ficou silenciosa.
Por uma fresta das pestanas espreitou-lhe a cara. Chorava. Desceu novamente as pálpebras, feliz.
E à noite, quando o luar dava em cheio na telha-vã da casa, e os montes de S. Domingos, lá longe, pareciam ter já saudade das suas patas seguras e delicadas, quando o cheiro da última perdiz se esvaiu dentro de si, quando o galo cantou a anunciar a manhã que vinha perto, quando a imagem do filho se lhe varreu do juízo, fechou duma vez os olhos e morreu.»

Bichos, Miguel Torga

terça-feira, 15 de março de 2011

Próxima leitura: Bichos, Miguel Torga

«Querido leitor:
São horas de te receber no portaló da minha pequena Arca de Noé. Tens sido de uma constância tão espontânea e tão pura a visitá-la, que é preciso que me liberte do medo de parecer cumprimentar-te uma vez ao menos. Não se pagam gentilezas com descortesias, e eu sou instintivamente grato e correcto [...]»

Depois de João Tordo, chegou a vez de Miguel Torga integrar o lote de autores escolhidos para fazer parte do primeiro tema deste Hat-trick Temático. Assim que a leitura for terminada, poderão ler aqui mais esta opinião. Mantenham-se atentos e,

Boas Leituras!

segunda-feira, 14 de março de 2011

O Bom Inverno - João Tordo


Título: O Bom Inverno
Autor: João Tordo
Nº de Páginas: 290
Editora: Dom Quixote
Preço: 13,46€

Sinopse: «Quando o narrador - um escritor frustrado e hipocondríaco - se desloca a Budapeste para um encontro literário, está longe de imaginar até onde a literatura o pode levar. Planeando uma viagem rápida e sem contratempos, acaba por conhecer um escritor italiano mais jovem, mais enérgico e muito pouco sensato, que o convence a ir com ele até Sabaudia, em Itália, onde o famoso produtor de cinema Don Metzger reúne um leque de convidados excêntricos numa casa escondida no meio de um bosque. O cinema não é, porém, a única obsessão de Don: da sua propriedade em Sabaudia levantam voo balões de ar quente estranhamente vazios, construídos como obras de arte por Andrés Bosco, um catalão cuja relação com o produtor permanece um enigma. Nada, aliás, na casa de Metzger é o que parece; e, depois de uma primeira noite particularmente agitada, o narrador acorda com a pior notícia possível: Don foi encontrado morto no seu próprio lago. Bosco toma nas suas mãos a tarefa de descobrir o culpado e de o castigar, isolando o grupo de convidados na casa e montado-lhes um verdadeiro cerco. Confrontados com os seus piores medos, assustados, frágeis e egoístas, estes começarão a atraiçoar-se e a acusar-se mutuamente, num pesadelo que parece só poder terminar quando não sobrar ninguém para contar a história.
Neste romance absorvente e magnificamente narrado, com alguns dos melhores diálogos da literatura portuguesa, João Tordo coloca a sua arte ao serviço de uma história carregada de suspense, em que o amor e a literatura se misturam com sexo, crime e metafísica, agarrando o leitor da primeira à última página.»

É notória a evolução de João Tordo. Nesta obra, considerada pela crítica uma das melhores narrativas escritas em português nos últimos anos, são precisas apenas algumas páginas para que o leitor se sinta imensamente mergulhado num mar de curiosidade, conduzido pela mestria sorrateira da escrita de Tordo.
Quantas mais páginas se desfolha, mais negro se torna este enredo; à medida que o elenco de personagens se vai fatalmente reduzindo. Gostei particularmente deste novo estilo que João Tordo apresentou nos seus livros: um género de thriller que mistura o romance, o horror, o crime e o suspense.
Outro aspecto que reparei é o de o autor narrar sempre as suas estórias na primeira pessoa - facto interessante - , e que me parece ser claramente praticado com o intuito de criar uma relação de intimidade entre o leitor e o narrador; quanto a isso tenho apenas uma coisa a dizer: missão cumprida!
É inquestionável a qualidade desta obra, mas mais do que isso, esta parece-me ser a afirmação de um autor que tem muito a dar às letras em português.
Como já referi, é notável a evolução do autor do primeiro livro que li da sua autoria - cuja crítica nunca chegou a ser aqui publicada - para este Bom Inverno, o que despertou a minha curiosidade para as outras duas obras do autor que desconheço: O Livro dos Homens Sem Luz (recentemente reeditado pela Dom Quixote) e As Três Vidas (livro que lhe garantiu o prémio literário José Saramago).

Está, então, com o apresentar desta opinião, dado o mote para o primeiro Hat-trick Temático. Dentro em breve será apresentada a próxima obra a integrar este hat-trick, que como é do vosso conhecimento tem como tema as letras lusas. Mantenham-se atentos!

quinta-feira, 10 de março de 2011

Citações #10

«Olhei em volta; vi o silêncio do bosque e a lisura do lago. Nada naquele lugar sugeria morte e, no entanto, ela era a presença dominante, uma espécie de rumor vindo das águas e das montanhas de Sabaudia que cedo se transformaria numa tempestade. Nada daquilo era plausível, nada daquilo parecia real; e, no entanto, era tão verdadeiro como o chão arenoso debaixo dos nossos pés.»

O Bom Inverno, João Tordo

Booking Through Thursday - Tarefas Múltiplas

Fazes múltiplas tarefas enquanto lês? Outras coisas como cozinhar, lavar os dentes, ver televisão, tricotar, caminhar, etc?

Ou sou só eu, e tu ficas sentado e não fazes mais nada que não seja concentrares-te naquilo que estas a ler?
(Ou, se fazes ambos, porquê, quando, e como é que preferes?

Tenho conhecimento de pessoas que conseguem ler e ao mesmo tempo fazer coisas que a mim me parecem simplesmente impossíveis de realizar. Por exemplo: caminhar. Como é que alguém consegue ler um livro e manter-se minimamente concentrado na sua leitura quando está em movimento? Esta situação comigo correria garantidamente mal. Devo dizer que me sinto incomodado com barulhos ligeiros, como o som de uma televisão - por exemplo - pois então é óbvio que não consiga ler enquanto cozinho ou lavo os dentes.
Pessoalmente, não sou grande fã de tarefas múltiplas enquanto leio - sou fã assumido de literatura - prefiro estar sentado ou deitado num dia de chuva a ler sossegado. O máximo que admito conciliar com a leitura é beber um chá, por exemplo. Tudo o resto fica de parte quando pego num livro.

terça-feira, 8 de março de 2011

Nova rubrica: Hat-tricks Temáticos


Como é perceptivel pelo título do post, será apresentada aqui no blog uma nova rubrica. E essa rubrica consiste na leitura mensal de três livros com alguma semelhança - daí o nome da mesma, Hat-tricks Temáticos
Outra característica que me parece bastante benéfica para esta nova rubrica é o facto de as obras integrantes dos Hat-tricks apenas serem reveladas no dia em que começam a ser lidas, algo que é claramente feito com o intúito de despertar a curiosidade aos visitantes mais atentos.
Esta ideia já estava a ser fermentada à algum tempo, mas só agora me pareceu ser a altura ideal para a lançar aqui no blog, visto que tenho em mãos muito mais tempo disponível para me dedicar à leitura do que aquele de que anteriormente dispunha. 

Bem, e sendo assim parece-me que está na hora de apresentar o primeiro tema desta nova rubrica...

Literatura Lusófona

Como podem facilmente comprovar dando uma vista de olhos à barra lateral - mais propriamente no canto superior direito - o livro que virá dar o mote ao início desta nova rubrica é O Bom Inverno, de João Tordo!

As opiniões aos livros integrantes do primeiro Hat-trick Temático serão postadas assim que as leituras das obras em questão acabem. Para saberem quais os próximos livros a integrarem este Hat-trick e os temas dos próximos Hat-tricks temáticos terão de se manter atentos ao blog.

Até lá, boas leituras

Fernando

Livros a Meio

Este post nasceu devido a algumas reacções menos positivas que tive acerca de alguns livros, que consequentemente me levaram a abandoná-los a meio. As razões para que parasse de os ler são várias; desde um súbito desinteresse pelo tema retratado, ao sacrifico feito na obra de Vargas Llosa para ler cerca de 80 páginas, tal como disse são várias as razões.
Isto apenas me sucedeu por duas vezes, sendo que uma delas foi com o livro que estava a ler ainda ontem - Isto é Comédia, de Fernando Bilé - e foi precisamente por ver repetido o que me sucedeu com Os Cadernos de Dom Rigoberto que decidi fazer este post.
Outro facto que quero salientar é o de partir (assim que desisto de um livro a meio) para outra leitura onde tenha alguma garantia de que a priori vou gostar, como aconteceu recentemente ao saltar do Fernando Bilé para o João Tordo. Sou da opinião que ler deve ser um enorme prazer, e não um sacrifício que tenha de ser feito quando era suposto o leitor estar a divertir-se com aquilo que lê.

Atenção, porque o facto de os ter deixado a meio não quer dizer que não os venha a ler no futuro - muito pelo contrário - significa apenas que no momento não me caíram bem.

Os livros que deixei a meio foram: Os Cadernos de Dom Rigoberto - Mário Vargas Llosa;
                                                     Isto é Comédia - Fernando Bilé

    

Já vos aconteceu deixarem livros a meio? Quais foram os livros? Quais os motivos para que tal acontecesse? Aborrecimento? Desinteresse? Já leram algum dos dois que eu deixei a meio?

Cumprimentos

segunda-feira, 7 de março de 2011

Citações #9

«O meu problema foi sempre o oposto. Pelo menos até há poucos anos. Vivi muito tempo demasiado disponível. Demasiado pronto a experimentar um bocado de tudo. Queria estar em toda a parte ao mesmo tempo e tinha inveja de toda a gente que estava noutro lugar qualquer. Um bocado como os velhos que têm saudades da ditadura só porque na altura ainda eram novos...»

O Bom Inverno, João Tordo

Jornal Expresso oferece biografias marcantes do século XX

Aqui está uma boa oportunidade de conhecer o percurso de personagens marcantes do século passado, de Fernando Pessoa a Ghandi, de Che Guevara a Nelson Mandela - aproveitem!

«O Expresso vai oferecer a partir de 5 de março uma coleção de biografias de algumas das figuras mais marcantes e incontornáveis da História, quer pelos seus percursos de vida verdadeiramente inspiradores, ou pela defesa de causas, teorias ou obras que marcaram o mundo.

O semanário mais lido em Portugal decidiu convidar para cada uma destas biografias uma figura conhecida, que escreverá um prefácio de apresentação da personagem em causa.

As personagens biografadas e os prefaciadores convidados são as seguintes:

1. Fernando Pessoa - Clara Ferreira Alves
2.
Nelson Mandela - Mário Crespo
3.
John Kennedy - Francisco Pinto Balsemão
4.
Albert Einstein - Nuno Crato
5.
Gandhi - Henrique Monteiro
6.
Che Guevara - Ricardo Costa
7.
Martin Luther King - Miguel Monjardino
8.
Sigmund Freud - Pedro Mexia »

2º Encontro Livreiro


«O Encontro Livreiro será o que todos nós quisermos que seja.
Queremos manter o seu carácter informal e de convívio e que, a pouco e pouco, se vá alargando a cada vez mais «GENTES DO LIVRO». Assim sendo, sugiro que cada um dos presentes no I Encontro, não só repita a sua participação, mas também garanta a presença de, pelo menos, mais dois ou três novos elementos. E que quem não pôde estar presente em 2010, o faça este ano e traga outro(s) amigo(s) também
 
 

quinta-feira, 3 de março de 2011

Booking Through Thursday - Batota

Fazes batota e espreitas o final dos livros? (Vá lá, sê honesto.)

Não só não o faço como acho que seja uma acção absurda. Creio que um dos objectivos em ler um livro é deixar-se entrosar num enredo, mergulhar de cabeça num mar de curiosidade e de suspense que se vai clarificando com o virar de cada página, logo considero o acto de espreitar as páginas finais de uma estória impensável e acho que se deve guardar a curiosidade para no momento certo ver o esforço ser compensado.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

O Primeiro em Inglês & Companhia

Não sei de onde nasceu esta adoração, mas a língua Inglesa sempre me fascinou. Há uns tempos atrás deparei-me com um blog ligado aos livros - tal como este - que ocasionalmente publicava uma crítica a um livro lido directamente do Inglês, algo que despertou em mim uma curiosidade enorme e me fez questionar se eu próprio estaria preparado para fazer o mesmo. Depois de considerar a questão, decidi juntar o útil ao agradável e optei por encomendar um livro de um autor que me despertou grande curiosidade, cuja língua materna é o inglês, e que podem verificar na foto abaixo.


Invisible, de Paul Auster

É este o título de que falo acima, uma obra de um autor que sempre me despertou uma curiosidade enorme e que vejo agora ser substituída pelo facto de realmente poder vir a ler uma obra sua. Alguém já leu? O que acharam? O que acham do facto de cada vez mais leitores em Portugal encomendarem livros em inglês?

A acompanhar esta encomenda - para que o estrangeiro não se sentisse só num país desconhecido - veio um livro de um autor que descobri o ano passado e que gostei mesmo muito. Podem ver a foto abaixo, e se já o leram, gostava que me dissessem o que acharam.



O Bom Inverno, de João Tordo


Cumprimentos e Boas Leituras,

Fernando


sábado, 12 de fevereiro de 2011

Booking Through Thursday - Princípios

Há algo de mara­vi­lhoso em acom­pa­nhar o prin­cí­pio da car­reira de um autor — em ser das pri­mei­ras pes­soas a lê-​lo e admirá-​lo, antes de se tor­na­rem gran­des suces­sos.
Que auto­res tiveste a sorte de des­co­brir no iní­cio das suas car­rei­ras?
E, se nunca tiveste essa opor­tu­ni­dade, que auto­res gos­ta­rias de ter des­co­berto mesmo no início?


Calculo que seja um prazer enorme ser das primeiras pessoas a reconhecer um talentoso escritor e vê-lo, anos depois, no topo - tops de vendas, a vencer prémios, ver o número de leitores crescer, etc. Devo dizer que sou algo receoso com os livros que compro, não arriscando muito em autores que me sejam completos desconhecidos, e apostando em demasia em outros já com carreiras bem cimentadas no mundo da literatura e em autores de outros livros dos quais tenha gostado particularmente, quer a nivel nacional ou internacional, isto muito devido ao facto de nesta fase do meu percurso na literatura estar algo direccionado para a leitura de grandes clássicos e de livros sobre os quais leio opiniões fantásticas noutros blogs do género (assim descobri grandes livros e grandes autores, que hoje em dia são dos meus preferidos). Tudo isto para dizer que não tive o prazer de acompanhar o principio, e o consequente crescimento da carreira de nenhum escritor deste a sua primeira obra.
Quanto à questão do autor que gostava de ter descoberto mesmo no princípio, não tenho qualquer dúvida na resposta: José Saramago! Para além de ser português, é o meu escritor favorito de entre todos os que li até hoje. Devo dizer que o facto de o seu primeiro livro ter saído muito antes de eu ter sequer nascido torna a sua escolha ainda mais óbvia, pois isto implicaria uma viajem no tempo - algo que gostava imenso de fazer, hehehehe.

Cumprimentos, 

Fernando 

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Citações #8

«Artur, desculpando-se com os afazeres, abandona o local do mexerico.A luminosidade matinal provoca-lhe um ardor na próstata. Tenta apanhar um táxi que o leve dali. Faz sinal a um velho Ford Cortina, que tem um corta-unhas a balouçar no espelho retrovisor. Só depois se lembra dos módulos de autocarro que comprou no dia anterior. Este curioso hábito, repetido todos os dias, faz dele um dos principais inimigos dos taxistas, que o insultam sempre que o reconhecem. Isto quando não o perseguem com os carros por cima dos passeios e lhe atiram van-tans fritos e velhas pistolas de alarme (vermelhas ou rosas de acordo com o batôn dos taxistas).»

Isto é Comédia, Fernando Bilé

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Citações #7

«Aproveito para fazer um parêntesis. (Ainda bem que não tenho amigos estrangeiros. Bem, conheci um indiano na Almirante Reis. Emprestei-lhe vinte cêntimos para desencravar uma unha e em quatro meses tinha uma cadeia de lavandarias, a 20 à sec...).»

Isto é Comédia, Fernando Bilé

Quantas Madrugadas Tem a Noite - Ondjaki

 
Título: Quantas Madrugadas Tem a Noite
Autor: Ondjaki
Nº de Páginas: 184
Editora: Colecção Autores Lusófonos - Revista Visão
Preço: 1€


Sinopse: «Quantas Madrugadas Tem a Noite está destinado a ser um marco na literatura angolana e na literatura de língua portuguesa em geral. Com uma extraordinária mestria narrativa, Ondjaki conta aqui uma história em que não se sabe o que admirar mais, se a fulgurante imaginação do autor, se a sua capacidade para a criação de tipos e situações carregados de significado, se a sua capacidade para elevar a linguagem coloquial a um altíssimo nível literário. O humor, a farsa, o lirismo, a tragédia, o horror, todos estes sentimentos são aqui convocados e expostos, com a fluência de quem conta, simplesmente, uma história, na Luanda dos dias de hoje.»


Foi com alguma curiosidade que parti para a leitura desta obra, pois fiquei com uma óptima impressão do autor depois de ler o livro de contos Os da Minha Rua, o que fez aumentar a minha curiosidade em relação ao trabalho de Ondjaki no que toca ao romance propriamente dito - o meu género literário de eleição.
Uma das coisas que notei logo no começo do livro foi o reconhecimento daquela linguagem doce empregada pelo autor na obra anteriormente lida por mim, o que me fez sorrir de satisfação logo nas primeiras páginas, como se tivesse reencontrado um velho amigo.

Sentado num bar, sorvendo cerveja atrás de cerveja (ou ngala atrás de ngala, como preferirem) o narrador conta-nos as estórias de vários amigos seus, sendo que muitas delas estão entrelaçadas e são mesmo necessárias para o objectivo final de não restarem quaisquer dúvidas acerca do assunto principal, em redor do qual giram a maioria das narrativas dentro desta narrativa principal, numa espécie de efeito matrioska. Somos levados a conhecer um grupo de amigos muito distinto, como todos o são, sendo que este tem a particularidade de ser constituído, entre outros, por BurkinaFaçam - um anão com sucesso no que toca ao mundo feminino e que é proprietário de um conjunto de candongueiros (espécie de táxis com rota previamente definida utilizados em Luanda).
O que mais gostei neste livro foi o facto de conhecer uma veia algo humorística de Ondjaki, que cria nesta obra inúmeras situações no mínimo caricatas, como por exemplo o facto de BurkinaFaçam ter requerido a ajuda do seu amigo Jaí, professor no ensino público, para o auxiliar no cumprimento de uma promessa que ele tinha feito a umas amigas, tendo o albino Jaí ter-se feito passar por enviado do governo para tratar com essas amigas de BurkinaFaçam de alguns detalhes para posteriormente as inscrever no Sindicato Nacional das Prostitutas, imagine-se.

Algo que não pude deixar de reparar foi o facto de a cultura angolana, mais propriamente luandense, estar muito presente e explicita nas obras que li deste autor, o que, creio, faz qualquer um sentir que conhece um pouco mais de uma cidade onde nunca esteve. Esta é, sem dúvida, uma das muitas coisas boas na literatura!
Este livro é Angola. A linguagem, a narrativa, as personagens, as situações mais caricatas que se possam imaginar, tudo isso está aqui inserido.

Recomendo a quem procura uma estória interessante, bem contada e muito humorística!

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Feira Literária Internacional de Sintra


«Paraty foi a inspiração de Gonçalo Bulhosa, co-fundador da Oficina do Livro e ex-editor da Palavra, que acaba de anunciar a organização da Festa Literária Internacional de Sintra (FLIS), já com dias certos (11, 12 e 13 de Novembro), director da primeira edição conhecido (o editor Manuel Alberto Valente) e espaço reservado (o Centro Cultural Olga Cadaval). «O espírito é tornar o Centro Cultural Olga Cadaval um espaço aberto, muito dinâmico, com acontecimentos durante os intervalos entre palestras. O espírito de festa é o mesmo da FLIP, mas tudo o resto será diferente, pois Sintra, no Inverno, não é comparável ao calor das ruas de Paraty», afirma Bulhosa ao jornal Público. Sabe-se, para já, que primeira FLIS terá 30 escritores convidados (João Tordo e Pedro Paixão são os primeiros autores portugueses confirmados).»

Fonte: http://ler.blogs.sapo.pt/745695.html

domingo, 30 de janeiro de 2011

Citações #6

«BurkinaFaçam só anda de motorista, porque ele vai de lado, na cadeira especial dele, lhe vês de fora nem dizes que é anão, póster do gajo que ele arranjou pra se fazer nas damas mesmo de dentro da viatura, janela dele do xaxo - Romeu das julietas impressionáveis no ruca dele.»

Quantas Madrugadas Tem a NoiteOndjaki

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Ano novo, imagem nova!

Como já puderam reparar, as coisas por aqui estão um bocadinho diferentes (para melhor, espero).
Ao longo dos últimos meses do ano passado os meus posts foram muito diminutos, algo que prometi a mim mesmo tentar mudar no inicio deste ano de 2011. E que melhor maneira de começar um ano do que um novo visual? Digam o que acharam na secção de comentários.

Cumprimentos e desejos de boas leituras a todos vós,

Fernando

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Booking Through Thursday - Pesados

Tomei conhecimento desta interessantíssima iniciativa através de outros blogs por onde tenho passado, e tomei aquela que me pareceu uma decisão acertada, a de me juntar aos muitos bloggers que já participam nela.

Assim sendo, abaixo está a primeira de muitas curiosidades literárias relativas à minha pessoa que aqui serão colocadas, sempre à quinta-feira.

Qual foi o maior livro, o mais volu­moso e pesado, que já leste? Leste por obri­ga­ção? Por pra­zer? Para a escola?

O maior livro que já li até hoje foi o Vinte Mil Léguas Submarinas de Júlio Verne, que não é assim tão grande (432 pág.), muito menos volumoso e pesado, visto ser um livro de bolso. Normalmente leio livros algo pequenos, não que evite ler algo maior, foi apenas obra do acaso. Li-o por prazer, obviamente.

Fernando

Seis Campas até Munique - Mário Puzo


Título: Seis Campas até Munique
Autor: Mário Puzo
Nº de Páginas: 155
Editora: Bertrand Editora
Preço: 14,64€


Sinopse: «Nos dias que precederam o fim da Segunda Guerra Mundial, Michael Rogan, um jovem soldado americano, é brutalmente torturado por oficiais nazis, que o dão como morto.
Procurando vingança, Rogan dá inicio a uma busca incessante pelos seus torcionários, caçando-os e matando-os, um a um.
Negro, violento e gráfico, este thriller arrepiante mostra até onde um homem pode ir com sede de justiça e vingança.»

São sempre os livros que mais gosto dos quais me custa mais falar, talvez porque me faltem as palavras supostamente exactas para descrever o que senti ao longo das suas leituras. Desta vez a surpresa sentida deve-se muito ao facto de o livro me ter sido emprestado por um amigo, o que acabou por alterar de certa maneira o modo como as obras que leio chegam até mim, literalmente, sendo que desta vez o livro veio mesmo ter comigo, ao contrário do que normalmente sucede.

Os visitantes mais atentos aqui do blog já devem ter reparado que nas minhas opiniões tento por vezes associar uma obra a uma palavra final que do meu ponto de vista traduza de uma forma muito prática aquilo que na obra em questão está contido, por exemplo: para O Estrangeiro de Camus a palavra escolhida foi Indiferença. Creio que este livro serviria perfeitamente para dar a conhecer a alguém o significado da palavra Vingança.

Primeiramente é nos dado a conhecer um pouco da vida anterior do personagem principal, Michael Rogan, antes do acontecimento à volta do qual gira o enredo - a tortura e a tentativa de homicídio sobre ele cometidas, e é sobre os seus agressores que Rogan nutre esse sentimento de vingança e mesmo ódio, para com alguns deles. Michael Rogan sempre fora, desde muito novo, um menino diferente, dotado de características que o levaram a frequentar o ensino especial, visto ter capacidades claramente superiores quando comparadas às dos seus colegas. Essas particularidades de Rogan levaram a que viesse mais tarde a ingressar nos Serviços Secretos, na sua busca por alguma aventura numa fase da sua vida em que era disso que precisava. Nem ele, nem ninguém, podiam imaginar aquilo que lhe aconterecia...
Como já deu para perceber, trata-se de um thriller criminal/policial, género pelo qual começo a ter uma certa queda e pelo qual muito provavelmente passarão as minhas próximas leituras.
Uma leitura excelente, de um autor que espero repetir várias vezes e que recomendo sem quaisquer reservas!

Fernando

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Citações #5

«Todos eles tinham desempenhado os seus respectivos papéis muito bem. Conseguiram enganá-lo o tempo todo. Contudo, falharam apenas numa única coisa: não o tinham matado. E agora era a sua vez.»

Seis Campas até Munique, Mario Puzo