quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Cândido - Voltaire


Título: Cândido
Autor: Voltaire
Nº de Páginas: 121
Editora: Biblioteca Visão - Colecção Novis
Preço: 1,50€


Sinopse: «O espírito do Iluminismo transparece com humor e ironia em Cândido, romance no qual Voltaire insinua a crítica de um mundo vivido entre as contradições do optimismo e do pessimismo, do bem e do mal. O herói da narrativa percorre diversos lugares, incluindo Portugal e o utópico Eldorado, conhecendo peripécias fantásticas e sucessivas desgraças «no melhor dos mundos possíveis». Cândido, nas suas aventuras e desventuras, a amada e não menos desafortunada Cunegundes, assim como os filósofos Pangloss e Martin, constituem personagens de uma sátira que se ergue contra o fanatismo, a intolerância, a ignorância e a injustiça.»

Opinião: Cândido é o primeiro livro que leio de Voltaire e com certeza que não será o último, pois mesmo não tendo adorado esta obra ela deu-me a conhecer um tipo de estória que até agora nunca tinha lido, uma prosa sobre uma viagem constante. Este livro fala das aventuras de Cândido, jovem que foi criado num lindo castelo até de lá ter sido expulso aos pontapés por ter sido apanhado aos beijos com a filha da baronesa. A partir deste ponto inicial, começam as aventuras de Cândido, que no meio de aventuras e desventuras passa de prisioneiro prestes a ser enforcado em Portugal a um rico possuidor de uma boa quantidade de diamantes provenientes da utópica terra denomidada de Eldorado. Trata-se de uma aventura inesquécivel e de qualidade inquestionável, por isso aconselho vivamente a sua leitura a quem esteja interessado.

Esta obra é também conhecida por um outro titulo diferente deste, nomeadamente Cândido ou o Optimismo, que na minha opinião reflecte bem melhor e de uma forma muito simples aquilo que retrata o livro, uma questão imortal acerca do fundamento do optimismo e do negativismo, tendo aliás exemplos de ambos os casos nesta prosa, pois temos um filósofo que mesmo comendo o pão que o diabo amaçou insiste em afirmar que "Tudo vai bem no melhor dos mundos possiveis", e pelo outro lado temos um senhor que mesmo sendo muito rico e possuidor de uma vasta biblioteca e de um belo jardim não se contenta com tudo o que tem, e é aqui que transparece a ironia inserida pelo autor nesta bonita aventura.

Esta obra, não sendo aquilo que eu estou habituado a ler foi certamente uma boa surpresa, pois apresentou-me este género de romance, um tipo de estória que eu desconhecia e conseguiu despertar a minha curiosidade acerca de mais obras deste género, que no futuro serão certamente comentadas aqui no blog.

Cumprimentos, Fernando

2 comentários:

  1. Eu adorei este livro. Nele o autor confronta maravilhosamente bem certos valores como o amor e o ódio; a generosidade e o egoísmo; o desinteresse e a avareza; a ingenuidade e a astúcia; etc.

    Um outro que li de Voltaire foi "O Ingénuo", que também considerei genial. Partilho a minha opinião:
    http://tonsdeazul.blogspot.com/2008/11/o-ingnuo.html

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  2. Eu concordo que o autor aborde de uma maneira muito singular os valores por ti referidos, e fica a saber que foram exactamente esses valores camuflados na estória que mais me saltaram à vista nesta obra e me fizeram lê-la com mais atêncão, pois em certas partes estive muito perto do aborrecimento.

    Não conheço "O Ingénuo" de que falas, portanto vou passar pelo teu blog e dir-te-ei o que achei. Outra obra do autor que tenho na minha wishlist e da qual li uma excelente crítica é "Zadig ou do Destino", que será a próxima que vou ler do autor.

    Boas Leituras, Fernando

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